Entre Trancos, Beijos, Sexo e Barrancos | Capítulo 1

- Já arrumou tuas coisas?

- Ainda não. Mas tu sabe que eu tenho a incrível habilidade de arrumar uma bolsa em menos de dez minutos, não sabe? – questionei ao prender o celular entre a orelha e o ombro enquanto usava as mãos para abrir uma camisa e analisar o quão amassada ela estava.

- Eu quero que eu passe aí amanhã e você não esteja pronto. – sentenciou ela.

Sim, Fernanda podia ser bem mandona quando queria. E até quando não queria também. Já era parte de sua personalidade. Quem gostasse, ótimo. Quem não, que se lasque. Desde que a conheci eu sempre quis ter essa vibe mais “ah, você que se foda se não gostar de mim”, mas vira e mexe me pego tentando agradar os outros. É uma merda, eu sei.

- Sim, senhora. Você sabe que minha real razão de não perder essa festa é porque 1) eu amo a dona Teresa, e 2) porque eu preciso pedir urgentemente a ela que não faça mais esses aniversários no meio do nada.

- Não é no meio do nada, retardado. – disse ela tentando não rir, já sabendo o que eu argumentaria.

- Tem sinal de celular?

- Não.

- Tem supermercado a que distância mesmo?

- Uns 25 km.

- Ah, ok. Só checando mesmo. – ri ao imaginar a revirada de olhos que ela estava dando e pegando outra camisa pra uma rápida análise. – Amanhã vai estar tudo em ordem. Só não vou pra tua casa logo hoje porque eu vou aproveitar a cidade grande para me abastecer. 3 dias numa selva sem sexo não rola, Fernanda.

- É uma fazenda, idiota. Exagerado da porra... Pois então vá logo dar e vê se não chega com esse fogo todo no aniversário de bisa, porque tu na seca não tem quem aguente!

Me despedi dela e fui terminar de escolher minha roupa. A ironia está no fato de que eu estava escolhendo uma roupa para ir a uma sauna, sendo que lá não se usa nada a não ser uma toalha, e olhe olhe! Tem uns GPs de plantão lá que nem isso usam. Mas a questão é: o jeito como você chega em um lugar diz muito sobre você, e eu não chegaria mulambento.

***

O barulho já familiar da porta de entrada destravando me tirou de alguns devaneios enquanto aguardava a liberação. Peguei as toalhas, pulseira com chave do armário e sandália e peguei o rumo do vestiário. Até chegar lá consegui ganhar alguns olhares, o que significa que consegui atingir meu objetivo inicial.

No vestiário, dois caras mais coroas estavam se arrumando para ir embora (e olhe que ainda eram 18h), enquanto um que provavelmente era um pouco mais velho do que eu já estava trancando seu armário e saindo para o restante da casa. Me despi, guardei minha roupa, enrolei a toalha e fui em direção às duchas, tomar aquele banho rápido e gelado para entrar na sauna a vapor, que rapidamentei notei: capricharam com a gota serena no eucalipto.

Tentei adaptar a visão à baixa luminosidade, mas levou alguns minutos para que pudesse definir as silhuetas presentes ali. Uma delas, por sinal, encostou em mim e pressionou uma de suas coxas na minha. Tateei ele e percebi que tinha coxas grossas (sinal de que joga ou pratica algum exercício), panturrilhas grandes (algo que sou fissurado), uma barriguinha de cerveja, peitoral desenvolvido, bíceps razoavelmente trabalhados e cabelos volumosos, lisos e molhados ajudando a compor o rosto daquele trintão que deveria lá ter seu charme.

No que fiquei apalpando seu corpo, seu pau logo deu sinal de vida, e era um pau massa. Provavelmente uns 18 cm, grosso e com uma cabeça pouca coisa maior que o corpo do pau. O que isso significa? Eu estaria literalmente fudido em questão de minutos.
Me ajoelhei em frente a ele, abri sua toalha, punhetei aquele pau delicioso e já caí de boca naquela delícia. Como fiquei de quatro no degrau abaixo do que estava sentado, meu rabo ficou exposto aos demais que quisessem brincar, e isso não demorou a acontecer.

Rapidamente já estava sentindo dois pares de mãos grandes me tocarem e explorarem meu corpo. Em questão de segundos já estava sentindo uma língua experiente me fazendo um breve beijo grego para logo então sentir uma cuspida certeira e um pau grosso sendo pincelado. A sensação era ainda mais gostosa quando o trintão a minha frente segurava nos meus cabelos, ainda volumosos porque não tive tempo de cortá-los, e ditava o ritmo da mamada.

Somei isso as pinceladas e às outras mãos passeando pelas minhas costas e coxas, logo alcançando meu pau e me proporcionando um oral maravilhoso.
Senti o cara atrás de mim forçar a penetração e instintivamente travei. Ouvi um “shh, calma, relaxa”. Achei a voz familiar, mas o tesão podia estar me confundindo. Enfim, procurei relaxar o máximo possível. Fiz força pra fora e a cabeça entrou de uma vez. Soltei um gemido alto que veio junto com as pernas ficando bambas no mesmo momento em que a porta se abria e mais vultos passavam por ela, mostrando que a plateia agora estava maior. Não tive tempo de sequer tentar contar em quantos estávamos, porque logo o cara atrás de mim estava enfiando o pau até o talo, fazendo com que eu arqueasse a coluna e tirasse o pau do trintão da boca, senão teria mordido ele com o susto e dor da entrada.

- Fi de chocadeira. Vai devagar, porra.

- Puta aguenta calada. – ouvi novamente e realmente era familiar. Ele soltou uma risada fraca e levou o dedão à minha boca para que eu chupasse. E com a outra mão deu tapinhas na minha cara. Lucas.

- Puta é tua ex, Gabriel. – só bastou juntar o dedão e a tapa com a voz e a metida gostosa para lembrar desse ruivo. Gabriel também é frequentador da sauna e acabamos nos tornando amigos de foda. Só nos víamos lá, mas sempre depois (ou raramente) antes de fizermos, batíamos um papo massa. O cara era gente fina, o que não posso dizer o mesmo da espessura do seu cacete.

- E tu não reclamou de dividir ela comigo. – lembrou, posicionando uma mão de cada lado do meu corpo para pegar mais firmeza.

- Cala a boca e me come direito.

Depois disso o desgraçado acabou com a raça das minhas pregas.

- O papo tá bom aí, mas a mamada também tava incrível. – disse o trintão à minha frente.

- Desculpa, gatão. – desengatei do Gabriel, me aproximei mais dele, coloquei minha mão na altura de seu ouvido enquanto o polegar acariciava sua bochecha. Aproximei meus lábios do dele e fiz o possível pra fazer daquele o melhor beijo daquele cara aquela noite. E que beijo gostoso da porra!

- Você não é GP, ou é?

- Não, não sou. – respondi com um sorriso. Era comum ouvirmos essas perguntas por lá porque realmente tem dia que a quantidade de GP por lá está absurda. Um dos motivos de ouvir essa pergunta com certa frequência, é porque eu não era alguém de se jogar fora. Mas também não era um rato de academia com músculos estufados e tudo mais. Por ser alto, meu peso era bem distribuído. Meu estilo era o famoso nem gordo, nem magro. A barba cumpria eficientemente a tarefa de me deixar mais velho, e ao somar isso com o corpo mais parrudo, coxas grossas e bunda grande, o resultado era favorável. – Sendo assim, porque não irmos os três para um reservado?

***

- Caramba, vocês me deram uma canseira da porra. – confessei, passando uma perna por cima das pernas brancas e ponteadas com alguns sinais aqui ou acolá. Encostei a cabeça no peito dele e senti um beijo no topo da cabeça, ganhando um na testa em seguida. Senti a barba avermelhada penicando minha pele. - Valeu, Gab. Foi foda.

- Literalmente, hein? – brincou o trintão, que agora eu sabia que se chamava Leonardo. Ele se encaixou atrás de mim, seu pau ainda meia bomba e melado de porra próximo à minha bunda.

Gabriel soltou um suspiro forte, fez um cafuné e disse que do jeito que estava ali adormeceria rápido.

– Então vamos nos trocar, porque preciso ir daqui a pouco. – falei me arrastando para fora da cama. – Me acompanha em um banho, Sr. Leonardo?

O rosto dele se iluminou com um sorriso, e o do Gabriel ficou emburrado. – Não chama mais os veteranos?

- Você já é de casa. Não precisa de convite. E não vão pensando que vai rolar segundo round, porque vocês conseguiram a proeza de acabar comigo. Simbora banho, porque embora goste da sensação da porra na minha pele, uma hora ela seca. – falei já na porta do banheiro esperando os dois e, meus amigos, que visão...

Leonardo já descrevi brevemente quando o conheci na sauna, mas o cara conseguia ser ainda mais charmoso e elegante. As coxas trabalhadas, assim como os bíceps, junto com uma barriguinha levemente saliente, me faziam deduzir que já teve uma rotina de academia em um passado não muito distante. A mandíbula quadrada conferia um ar experiente a ele, o que quase me fazia ter uma nova ereção.

Vindo junto com ele um ruivo da minha altura, com o corpo todo entroncado, parrudinho e definido na medida certa. O cabelo em estilo limitar e uma barba cuidadosamente desenhada e baixinha fazia o visual ficar ainda mais gostoso de se ver. Mas mais gostoso ainda era ter a visão dele arrebitando a bunda para ganhar um beijo grego ou, nos meus dias de sorte, fizer aquele rabo durinho, volumoso e guloso pra caralho, que até então pouquíssimos caras tiveram o privilégio de experimentar.

É... Acho que precisaria rever as regras desse banho.


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Comentários


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gutoalex Comentou em 06/01/2019

Q delicia cara curtindo muito seus contos.




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130923 - Entre Trancos, Beijos, Sexo e Barrancos | Prólogo - Categoria: Gays - Votos: 0

Ficha do conto

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Nome do conto:
Entre Trancos, Beijos, Sexo e Barrancos | Capítulo 1

Codigo do conto:
130989

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
05/01/2019

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